segunda-feira, 19 de abril de 2010

5. Vendedores de rua - Paris de Atget

Entre 1899 e 1901, ao mesmo tempo que as primeiras fotografias topográficas, Atget produziu a série “Petits Métiers”, que mostra vendedores e comerciantes ambulantes nas ruas de Paris. O aprendiz de pasteleiro, a florista, o vendedor de cestos e o amolador, todos eles posaram para a câmara, não como indivíduos, mas como representantes da sua profissão. É evidente que Atget tinha consciência da dimensão teatral deste tipo de empreendimento. Como se assumissem um papel, os atores no drama da vida cotidiana subiam, sem ambições, ao palco urbano.

Os vendedores ambulantes eram bastante associados à Velha Paris, uma vez que na era dos grandes armazéns, o seu modo de vida não seria muito viável e começara a parecer arcaico. Os registros de Atget apresentavam-nos como elementos decorativos na imagem tradicional da cidade. O seu charme pitoresco era o do anacronismo. Em contraposição à sua prática habitual, Atget usou uma lente com alcance focal relativamente longo, o que permitia às figuras sobressaírem da paisagem, como se fossem silhuetas.

Para esses trabalhos, Atget baseou-se na iconografia tradicional dos comerciantes de rua e dos pregoeiros, que haviam estado em circulação como imagens populares desde o século XVI. A introdução da máquina de impressão durante o século XIX permitira que fosse satisfeita a procura crescente por recordações turísticas, e que fosse mantida a popularidade do gênero. Os fotógrafos viravam-se, agora, para este gênero, primeiro na Itália, e depois em toda Europa. Tal como a versão impressa, as suas “imagens de personagens” fotografadas mostravam representantes de profissões antiquadas e de comerciantes ambulantes, contra uma paisagem neutra, acompanhados das suas mercadorias ou dos instrumentos da sua profissão.

Na França, os tradicionais conjuntos de imagens conhecidos como “Cris de Paris” continuavam a ser muito procurados. A partir da década de 1890 houve um número sempre crescente destas imagens, que recriavam o estilo de fotografia “instantânea” e que eram, por vezes, baseadas nelas.

As séries de Atget geraram uma resposta animada entre os artistas, editores e coleções públicas, tendo resultado na sua decisão de as imprimir sob a forma de postais. Desde cerca de 1904, o editor parisiense Victor Porcher, distribuiu cerca de 80 exemplares da série “Lês petits métiers de Paris” em nome de Atget.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Christie’s - quanto vale uma Atget?

Joueur d'Orgue, c. 1898-1899

Aproveito o post do blog Pictura Pixel "quanto vale uma fotografia" para "fuçar" quanto está valendo uma fotografia original de Eugène Atget. Nada mais nada menos, assim me parece, que esta fotografia foi arrematada por $686,500... locuga gegal caga!

terça-feira, 13 de abril de 2010

4. A série "Paris Pittoresque" e "Le vieux Paris" [Paris de Atget]

A nova abordagem de Atget quanto aos temas arquitetônicos levou-o a ser escolhido para uma nova série de comissões. Ao restringir-se a edifícios e artefatos anteriores a 1789, especializou-se prudentemente numa área particularmente rentável do mercado fotográfico. Indícios discretos de dois dos fundadores da Commission, ambos conhecimentos pessoais seus, o dramaturgo Victorien Sardou e o pintor Edouard Detaille, presidente da Société des Artistes Français, podem também ter influenciado sua decisão. Atget procurava a maioria dos assuntos para retratar no centro da cidade – edifícios públicos, casas de cidade aristocráticas, igrejas, fachadas completas, assim como detalhes arquitetônicos. Os seus primeiros resultados fotográficos demonstram uma certa falta de unidade de estilo, como se ainda procurasse um rumo. Assim, testemunham uma formação estética auto-didática, cujo propósito não era unicamente ditado pela ambição. As fotografias da vida nas ruas, inteiramente naturais, também advém deste período experimental. Aqui, e mesmo antes da virada do século XX, Atget utilizou um método que estava bastante avançado face aos desenvolvimentos da foto-reportagem que se dariam mais tarde. Em breve começaria a se dedicar especificamente à dimensão social das cenas que presenciava.

Atget começou a reunir todas as fotografias da vida social parisiense numa série, à qual chamou “Paris pittoresque” (Paris pitoresca), ao passo que as fotografias da arquitetura da cidade foram agrupadas sob o nome de “Le vieux Paris” (A velha Paris). Simultaneamente, os amontoamentos de textos impressos e as colunas para os cartazes, que eram um elemento novo e perturbador para a vida urbana tradicional, também pareciam de grande interesse para Atget. Quando ele chegou a 1901, já havia tirado cerca de 1400 fotografias da cidade.

Fonte: texto de autoria de Andreas Krase, traduzido por André Paiva, do livro Atget Paris – Ed. Taschen, 2001.

Pierre Verger: Um Olhar sobre Buenos Aires [expo]


A Revista Studium em parceria com o Memorial da América Latina apresenta uma edição temática que acompanha a exposição Pierre Verger: um olhar sobre Buenos Aires, de 14 de abril a 13 de maio de 2010. Para a edição n. 30 da revista foram convidados especialistas na obra e vida de Pierre Verger, para contextualizar sua formação intelectual e artística nos anos trinta, essa década na Argentina no campo da produção editorial e também a produção imagética do fotógrafo na sua estadia prolongada em terras portenhas.

Mostra de fotos do mestre francês radicado no Brasil, Pierre Verger, publicadas no jornal Argentina Libre e na revista Mundo Argentino, nos anos 1941/42. Na abertura da exposição, dia 14, às 20h, haverá um bate-papo com o curador, Fernando de Tacca (fotógrafo e professor da Unicamp), às 19h30. Apoio da Fundação Pierre Verger.

Memorial da América Latina
De 15 de abril a 13 de maio
Galeria Marta Traba,
Terça a domingo, das 9h às 18h.
Entrada franca.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Moca - Wroooooooooam - jazz tip


Do quinteto alemão "Moca", pincei a musica "jazz tip" !!! Som pilhado, altivo! Uma das melhores bandas germânicas em minha opnião. Pincei esta, mas pode despejar o disco todo, clássico! O De-Phazz fica pra trazz.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Izis : ses photos d'un Paris des rêves... [exemplo de política pública cultural]

Uma pequena pausa no livro do Atget, apenas para mostrar um exemplo do que é uma política pública cultural.



Ah! mas é Paris dirão uns...
Video enviado por nossa correspondente em Paris, Andrea Eichenberger. Merci!

quinta-feira, 8 de abril de 2010

3. A velha Paris [Paris de Atget]

O ano de 1898 marcou um ponto de mudança na vida de Atget: começou a fotografar o que mais tarde seria conhecido como a “Velha Paris”, a parte da cidade que data de antes de 1789. No seguimento de uma resolução da Câmara Municipal de Paris, a Commission de Vieux Paris reuniu-se em 1898 para coordenar a conservação dos monumentos históricos da cidade através de esforços para pesquisar e documentar as zonas históricas da cidade. A Commission incluía um grande número de dignatários locais que haviam anteriormente prestado serviço nos comitês de “Antiquaires” (sociedades históricas dedicadas ao cuidado e preservação da Velha Paris). Durante os últimos quinze anos do século XIX, vários grupos de interesse foram unidos por uma preocupação ativa pelo passado da cidade. A noção de que se estava num ponto de mudança, e toda a nostalgia pelo passado que tal mudança implica, foi provavelmente mais forte em Paris do que em qualquer outra cidade européia.
As mudanças radicais na forma da cidade, instigadas entre 1853 e 1870 pelo Barão George Eugène Haussmann (1809-1891), responsável pelas violentas mudanças urbanísticas, haviam criado uma consciência intensa quanto à brevidade dos edifícios históricos. Paris era agora uma cidade moderna com avenidas magníficas, longas e retas. As ruas estreitas e escuras da cidade medieval, com os seus miseráveis padrões de higiene, pareciam algo do passado. Mas a construção do metrô e o trabalho de demolição que isto incluía, ia contra a idéia firmemente defendida de uma Paris que se ergue sob as fundações intocadas da lendária cidade de Lutécia. A fé no progresso misturava-se com uma sensação inquietante de perda: por volta do primeiro terço do século XIX, muitos parisienses tinham já uma visão idealizada da Paris pré-revolucionária, a cidade do Ancien Regime. Na segunda metade do século, esse período tornou-se um tesouro para os artistas, artífices e arquitetos com consciência histórica. Por toda a Europa houve uma série de tentativas para se manter o passado em desaparecimento, registrando o que dele restava em filme. As mudanças repentinas em Berlim, quando a cidade passou a ser a capital do Reich alemão e uma metrópole industrializada, foram documentadas pelos fotógrafos Hermann Rückwardt (1845-1919) e F. Albert Schwartz (1836-1906). O último era membro de uma sociedade dedicada à história de Berlim. Igualmente, foi fundada na capital britância, em 1875, a Society for Photographing Relics of Old London, que contratou os fotógrafos Alfred e John Bool, assim como Henry Dixon (1829-1893), para que registrassem os edifícios históricos cuja demolição já estava marcada.
Contudo, a extensão destas iniciativas não pode ser comparada aos esforços feitos na França, onde havia uma longa tradição de conservar a herança nacional. A Commission Nationale des Monuments Historiques foi fundada em 1837. Os seus membros foram enviados para todos os cantos da França, para fazerem um inventário dos monumentos históricos. Estas primeiras medidas tomadas na década de 1840 foram seguidas, em 1851, por uma campanha fotográfica cujo objetivo era registrar visões arquitetônicas ideais. A comissão pública, conhecida hoje como “Mission héliographique”, foi concedida aos fotógrafos Edouard Baldus (1820-1882), Hippolyte Bayard (1801-1882), Gustave Le Gray (1820-1860), Henri le Secq (1818-1882) e Olivier Mestral. Mas até 1871 era um empreendimento único. Só no início dos anos 80 do século XIX, e após a invenção da técnica da fotometria pelo francês Aimé Laussedat (1819-1907) e pelo alemão Albrecht Meydenbauer (1843-1921), é que a fotografia se tornou numa ferramenta fiável para a preservação e conservação de monumentos históricos.
Paris era um caso particular. Mesmo o instigador da mudança na capital, o Barão Haussann, fundou uma comissão dedicada à história da cidade, o Service de Travaux Historiques, e estava empenhado em registrar as condições antes de começar a reconstrução. Charles Marville (1816-1879) foi nomeado para documentar a transformação da cidade, e o fez durante duas décadas, estando particularmente ativo entre 1865 e 1868. Assim que foi fundada a Commission du Vieux Paris, os seus membros esboçaram listas de centenas de propriedades e estruturas que estavam ameaçadas por demolições, ou estavam, por outro lado, em más condições, e que deveriam ser registradas.
As comissões atribuídas a J. Barry, Paul Emonts, Henri Godefroy, Eugène Gossin, os Berthaut Frères e à Union Photographique de Paris, deixava aos nomeados pouca liberdade criativa, uma vez que vinham com instruções precisas e valorizavam unicamente a imagem fotográfica enquanto fonte de informação. Foram ainda emitidas comissões por outras instituições – bibliotecas e escolas, assim como museus municipais e os especializados em tecnologias e artes aplicadas – que, uma vez mais, especificavam claramente o que era esperado dos fotógrafos profissionais. Mais ainda, os editores especializados na categorização e difusão da pesquisa sobre a história da arte começavam a surgir e, com eles, abriam-se novas áreas da atividade fotográfica nas quais os talentos de Atget se podiam expressar.

terça-feira, 6 de abril de 2010

2. Linhas de vida - Início [Paris de Atget]



No começo de fevereiro de 1892, o jornal franco-belga Revue des Beaux-arts publicou um artigo sobre um negócio recentemente formado. Reportava que o fotógrafo parisiense Atget oferecia a artistas, fotografias de paisagens, animais, flores, edifícios e outros objetos. Também oferecia reproduções de quadros e outros materiais de fonte para pintores. A oferta de Atget era sintomática de uma tendência internacional entre artistas e artífices para se apoiarem em imagens e motivos já prontos. Era uma moda controversa. Um crítico anônimo, escrevendo no jornal Art et critique, avisou sardonicamente os artistas para que fossem ao número 5 da rue de la Pitié e comprassem fotografias de Atget, ao invés de continuarem a pagar modelos para posarem para eles.
Por essa altura, Atget já estava na casa dos 30 anos. Havia abandonado uma carreira de ator em teatro de província, e experimentara subseqüentemente, e em vão, ganhar a vida como pintor. A sua decisão de tentar a sorte como fotógrafo foi, portanto, bastante realista. As suas primeiras fotografias foram, provavelmente, tiradas por volta de 1888, e haviam mostrado que a técnica, embora sofisticada, não requereria qualquer treino dispendioso. E enquanto pintor que fora, estava bem ciente da necessidade de materiais visuais nos estúdios dos artistas e artífices.
A estréia de Atget como fotógrafo profissional no início dos anos 90 do século XIX foi extremamente convencional, resultado de uma decisão consciente de se colocar à disposição de outros artistas. Pôs na sua porta uma pequena placa com as palavras “Documents pour artistes”. Mais tarde reuniu os mesmos motivos que foram referidos no jornal, e colocou-os à venda na série “Paysage – Documents divers” [Paisagens – Documentos diversos]. Vendeu ainda estudos figurativos individuais.
O sucesso tardou. Como podemos compreender dos poucos documentos que sobreviveram, planejava criar gradualmente um círculo de clientes através dos contatos que tinha com outros aristas. Estes incluíam pintores, escultores, ilustradores, gravadores, arquitetos e designers de palco e de interiores. Sem dúvida que suas primeiras vendas, a artistas de renome como os acadêmicos Luc Olivier Merson (1846-1920) e Edouard Detaille (1848-1912) o ajudaram a estabelecer uma reputação. Dependendo das recomendações de seus clientes habituais – colecionadores interessados na velha Paris, assim como várias Bibliotecas e editoras – Atget expandiu firmemente os seus negócios. Registrava as suas visitas aos clientes e os nomes de potenciais compradores num livro de endereços muito bem cuidado – o seu “répertoire” – que revelava uma rede muito ampla de contatos profissionais.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

1. Arquivo do olhar – inventário de objetos . Paris de Eugène Atget

Texto traduzido e compartilhado por André Paiva, cuidadosamente surrupiado do livro Atget’s Paris, de autoria de Andréas Krase, editado por Hans-Christian Adam. Taschen, 2001.

Arquivo do olhar – inventário de objetos . Paris de Eugène Atget



Eugène Atget é o fotógrafo da Paris Antiga. Entre 1897 e 1927 registrou o resultado da história como nenhum outro fotógrafo o conseguiu. Seguir diariamente as mudanças na aparência da cidade não era apenas a sua profissão, mas também a sua vocação. Quando faleceu em 1927, o seu funeral passou praticamente despercebido. Contudo, hoje em dia, Atget é considerado um dos mais importantes fotógrafos de todos os tempos.
Nascido em 1857, filho de um construtor de carruagens de Libourne, viveu mais de três décadas na grande metrópole de Paris, onde explorava constantemente as ruas e praças históricas da cidade, fazia contatos com numerosos potenciais compradores, e fazia palestras noturnas em centros para a educação de adultos.
As fotografias de Atget mostram muitas facetas diferentes de Paris: não apenas as ruas estreitas que atravessam o centro histórico, e cujos edifícios datam de antes da Revolução Francesa, como também as grandiosas praças, as pontes e desembarcadouros do Sena. Fotografou lojas e levou a sua câmera a pátios e escadarias, captando pormenores das fachadas de alguns edifícios e os interiores de outros. Mas, os vendedores de rua, os pequenos comerciantes, os apanhadores de lixo e até as prostitutas nos bairros mais pobres surgem igualmente nas suas fotografias.
A Paris de Atget estendia-se bem para lá dos limites da cidade, abarcando os jardins de Versailles e Saint Cloud, e a transição entre a cidade e o campo. É impressionante a forma como evitava consistentemente as visões clássicas e excluía das suas imagens da capital francesa todos os indícios de modernidade. Atget deve ter passado freqüentemente com seu equipamento de fotografia, por algumas das famosas entradas de metrô de Guimard, mas não se encontra nenhuma na sua obra. Igualmente, o símbolo fundamental da sociedade industrializada – a Torre Eiffel, concluída em 1889 para a exposição mundial – é apenas visível ao fundo de algumas fotografias.
Nas suas fotografias, Atget capturou o “espetáculo de uma cultura” , e o seu estatuto na história da fotografia deve-se às diferentes formas de como continuadas gerações têm reagido à sua obra. Deixou poucos documentos ou registros pessoais, e sabe-se muito pouco acerca da sua vida, apesar do interesse pela sua pessoa ter crescido à medida que sua reputação aumentava. Tornou-se mais tarde objeto de muitas pesquisas, que levaram a uma série de conclusões no que diz respeito à sua obra. No entanto as variadas interpretações, por vezes mesmo “complementares”, nunca chegaram a formar uma imagem uniforme do artista. Hoje em dia, a sua obra é vista como uma ponte entre a fotografia topográfica do séc.XIX e o “documento artístico” fotográfico do séc.XX. Para além dos objetos que focam, as suas fotografias têm sido interpretadas como indícios de uma paixão, uma visão incondicional que levou em pouca conta a perfeição técnica, sendo totalmente dedicada à criação de uma percepção do espaço pictórico. Mas a obra de Atget pode ainda ser vista sob uma perspectiva totalmente diferente. Na sua multiplicidade e diversidade estilística, representa um modernismo que se dedica a uma estética radicalmente funcional no meio técnico da fotografia.
De todas as perspectivas obtidas por esta pesquisa, ninguém pode dizer com qualquer certeza as verdadeiras intenções de Atget. Seria motivado pelo seu desejo de aperfeiçoar a sua visão artística? Ou seria um artista de esquerda, guiado pelo seu interesse sobre a cultura das classes mais baixas? Em retrospectiva, parece que Atget escondeu intencionalmente os seus propósitos, deixando assim às gerações subseqüentes, a quase impossível tarefa de reconstruir as suas idéias.
Quem era o homem idoso que, na primavera de 1927, aceitou o convite da jovem americana Berenice Abbott [1898-1991] e lhe permitiu que fizesse um retrato seu no estúdio dela? A primeira publicação ilustrada do trabalho de Atget, editada por Abbott em 1930, contém um desses três retratos de estúdio. Tirado de perfil, mostra uma figura sentada de aspecto abatido, curvado pela idade e enfiado num casaco escuro. Não há qualquer indicação na imagem de que esse homem fosse , no seu apogeu, um fotógrafo carismático e imensamente produtivo. O homem que imaginamos não podia ser mais díspar deste retrato: na nossa imaginação,vemos uma pessoa fortemente independente, cheia de curisodade visual. A obra da sua vida consistiu em criar um inventário de objetos que, ao longo dos anos, se tornou num arquivo do seu dom de observação. É nesta dualidade que reside o fascínio das sua fotografias. E o seu trabalho foi inspirado não apenas pela familiaridade que tinha com a cidade, mas acima de tudo pela sua profunda devoção interior à Paris histórica.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Nait, da Algéria



Uma mochila com algumas roupas, camera fotográfica [pode ser digital, não tem problema] uma parada no posto de gasolina, atravessar a ponte e só parar quando anoitecer... música para viajar sem rumo, sem distância, apenas viajar...
Nait, de Alger, na Algéria.
baixe sem medo, música sob licença creative commons

photoicon



PHOTOICON é uma revista internacional de fotografia, impressa e na internet. Tem algumas boas galerias e traz boa informação... o terceiro brasileiro a ter espaço neste veículo é André Paiva, do Brazil, que faz fotografia documental e autoral.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Azhrak, da Finlândia



Da alva e distante Finlândia, o projeto individual Azhrak. Com uma atmosfera levemente dub, mas certamente downtempo bem marcado. Ótima música, dá vontade de continuar ouvindo... pra deixar rolar e se entregar ao que estiver fazendo, seja andar de bicicleta, lavar louça, editar fotografias ou o que quiser. A faixa tem nome sugestivo: Below The Arctic Ocean

pode baixar tranquilo, música sob licença creative commons

saga mesopotâmica


Estou retornando à minha saga pessoal e mesopotâmica de escaneamentos dos intermináveis negativos preto e branco. Esta fotografia foi feita no memorial da cidade de Curitiba, na bienal internacional de fotografia de 1996! Está claro que eram tempos pré-11 de setembro! Saudades do amigo e fotógrafo André Auler.